Um ano saudável começa com planejamento adequado
É estranha a sensação de não ter um planner/bujo, parece que tem alguma coisa faltando, que tem algo errado e sinto que preciso de um lugar para escrever e rascunhar se eu quiser pensar. Veja bem, ele funciona para mim em dois sentidos: me deixa organizada para o que eu preciso fazer e me faz sentir produtiva. Para alguém com ansiedade, isso conta muito.
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Meu material para bujo deste ano: canetas hidrográficas e um sketchbook pesadão. |
Sem um planner, eu não consigo lembrar de tudo que eu prometi ou me prometi de fazer e acabo me iludindo que é possível fazer vinte coisas ao mesmo tempo. Óbvio que vou me cansar, óbvio que o planejamento do tempo vai dar errado, mas diz isso pra Morana cheia de energia de uma semana atrás que prometeu dominar o mundo na unha. A Morana do presente não conseguiu terminar um monte de coisa e está entrando em pânico.
Para evitar finais assim, eu paro, olho o meu planner, revejo prioridades, organizo melhor o meu tempo e nunca adiciono atividades por impulso (eu tento, eu tento). Cada coisa que eu adiciono, eu tento finalizar. Seleciono um número pequeno e limitado de coisas, não importa o meu humor e faço. Caso não consiga terminar, o dia seguinte será dedicado a terminar o que ficou para trás. A tarefa uma hora acaba, eu vou aproveitar a sensação de finalização e posso partir para a outra.
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| Mês de janeiro e primeira semana do meu planner. Eu que desenhei o catbus, Mei e Satsuki de Meu Vizinho Totoro. |
Como eu disse, a lista de tarefas diárias é sempre curta. Para consegui finalizar tudo o que planejei, nunca coloco mais de três tarefas por dia. Trabalhar, escrever 700 palavras e atividades de sobrevivência (escovar dente, tomar banho, comer e arrumar a cama), por exemplo, já validam um dia como produtivo. É o tipo de orientação dada a pessoas com depressão, listar e tentar cumprir pequenas tarefas de sobrevivência, então não tem como dar errado.
Em conjunto, anoto todas as atividades do dia tanto para planejar um dia vindouro quanto para refletir sobre o dia que passou. Às vezes bate uma sensação de "Poxa, fiz nada", aí começo a listar tudo que eu fiz no dia e vejo que fui adequadamente funcional. Apenas não cumpri a minha lista, mas pesquisei para meu texto, ou ajudei meus avós, ou dei banho no cachorro. Meu tempo foi direcionado para atividades pequenas e não planejadas e bem, o dia passou.
É dessa forma que eu aprendo meu próprio tempo e ritmo para tentar fazer o melhor que eu posso, que entendi os limites do quanto eu aguento de esforço físico, mental e emocional. Ser produtivo acaba sendo um extra.


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